O leste de Minas Gerais entra na lista de solos contaminados devido às atividades de garimpo e postos de combustível irregulares.
Em cumprimento a uma das metas estabelecidas pelo Projeto Estruturador Resíduos Sólidos, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) divulgou no final de janeiro a primeira lista de áreas contaminadas de Minas Gerais. O trabalho, concluído em 27 de dezembro, irá gerar um banco de dados capaz de fornecer respostas e relatórios para elaboração de um programa de gerenciamento de áreas contaminadas no Estado, priorizando ações em função do risco à saúde humana e ao meio ambiente.
A primeira lista é composta por 57 áreas contaminadas, sendo 56 de postos de combustíveis e uma de um garimpo abandonado do século XIX. No levantamento, as regiões foram agrupadas em Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Suprams). Os dados apontam que a maior parte das extensões contaminadas está concentrada nas Suprams Central, Zona da Mata e Leste mineiro. As 57 áreas listadas foram consideradas contaminadas após a conclusão de investigação que identificou o empreendimento responsável, a fonte de contaminação, a substância química contaminante e os locais impactados. 28% dessas áreas encontram-se em processo de remediação.
No Brasil, as diretrizes para o gerenciamento de áreas contaminadas foram criadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) baseadas em experiências de países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda. A partir dessas análises foram elaborados e disponibilizados a lista de valores orientadores de qualidade do solo e o manual de gerenciamento de áreas contaminadas, que contém normas técnicas e procedimentos.
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